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Sucessão Estratégica: Um líder sem sucessor enfraquece a estrutura organizacional

A sucessão é um tema crítico e imprescindível em qualquer organização, independente de seu porte e controle acionário. Sem um bom plano futuro sobre pessoas e cadeiras, a empresa corre o risco de ameaçar sua perpetuidade, impactando assim a vida das pessoas que dela dependem. Uma sucessão bem-sucedida além de ser essencial para a estabilidade, a sustentabilidade do negócio será definitivamente um elo fundamental para a estratégia de crescimento também. Além disso, um processo sucessório quando bem realizado garante a preservação dos valores, visões e engajamento das pessoas.

Vamos explorar a importância da sucessão como uma estratégia fundamental para a liderança eficaz, destacando os principais elementos envolvidos e como os líderes podem se preparar e a suas equipes para essa transição crítica.

Quando a sucessão é bem planejada as empresas evitam oscilações, perdas de talento, disrupções operacionais e até mesmo perda de identidade e propósito.

Mais do que ter um processo de sucessão, nossa sugestão aqui é que ele faça parte da estratégia de gestão dos líderes da organização. Quando o processo é assim abordado, conseguimos resultados como os abaixo:

  • Redução de incertezas: A sucessão bem-planejada minimiza o desconhecido e cria um ambiente de estabilidade, tranquilidade e confiança, tanto interna quanto externamente, principalmente em relação a imagem da organização no mercado.
  • Preserva a cultura organizacional: Uma liderança bem-sucedida não apenas lida com a gestão, mas também com a cultura, valores e visão da organização. A sucessão estratégica ajuda a manter e transmitir esses elementos essenciais.
  • Facilita o desenvolvimento de talentos: Investir na sucessão é uma oportunidade para desenvolver novos líderes e identificar talentos e gaps de habilidades que precisam ser preenchidos para o futuro.
  • Garante a continuidade dos objetivos estratégicos: A sucessão estratégica permite que a organização continue a seguir em direção aos seus objetivos de longo prazo, evitando interrupções prejudiciais para o negócio.

 

Seguem abaixo os 7 elementos-chave da sucessão estratégica:

  1. Identificação de Talentos: O primeiro passo é identificar e desenvolver talentos internos. Isso requer avaliação constante e a identificação de líderes em potencial com base em habilidades, competências e alinhamento com a cultura organizacional. Caso não haja talentos internos capacitados, a busca por talentos externos e sua correta preparação de forma antecipada deve ser considerada.
  2. Planejamento Antecipado: A sucessão deve ser planejada com anos de antecedência. Os líderes devem identificar possíveis sucessores e criar um plano de desenvolvimento para prepará-los para a liderança e missão como líder. Apesar da difícil tarefa, estamos falando aqui da necessidade de planejamento antecipado. O dia da transição chegará e é melhor estarmos preparados para ele.
  3. Comunicação Transparente: A comunicação aberta e transparente com a equipe sobre a sucessão é fundamental. Isso reduz o temor e a resistência à mudança. Muitas vezes não podemos, por questões do negócio, efetivar uma comunicação totalmente transparente. Nesses casos comunique o que for possível, ou pelo menos fale do assunto, justamente para não parecer que ele não está sendo cuidado ou que não é motivo de preocupação e reflexão.
  4. Treinamento e Desenvolvimento: Oferecer oportunidades de treinamento e desenvolvimento contínuo para os sucessores em potencial é fundamental. Isso pode incluir mentoria, coaching, treinamento em liderança e exposição a desafios de maior complexidade. Quanto mais forem preparados, principalmente com o apoio de quem ocupa a cadeira hoje, mais se desenvolverão.
  5. Avaliação Contínua: A sucessão não é um evento único, é um processo contínuo. Os líderes devem avaliar regularmente o progresso dos sucessores em potencial e fazer ajustes conforme necessário. Lembrem-se que dentro de um processo de sucessão é fundamental entender os desafios de cada cadeira, quem são os sucessores emergenciais, quem são os sucessores de longo prazo e qual é o mapa que temos hoje com essas respostas. Com esse mapa feito conseguimos visualizar de forma ampla como estamos em relação ao tema em toda a organização, e compor as ações que nos levarão ao sucesso.
  6. Plano de Contingência: Deve haver um plano de contingência em vigor caso a sucessão seja necessária antes do planejado, devido a circunstâncias inesperadas ou mesmo para as situações onde os sucessores planejados não estejam aptos a assumir. Todo plano de longo prazo precisa considerar mudanças de rota.
  7. Estilo da Avaliação: A avaliação de desempenho dos líderes atuais e dos sucessores em potencial deve ser baseada em critérios objetivos, como resultados alcançados e habilidades demonstradas. O processo deve ser transparente, bem como a metodologia escolhida e utilizada deve ser compartilhada com os avaliados. Dê preferência a métodos mais profundos, subsidiados e que levem em conta o respeito e cuidado com os indivíduos. Não esqueça da comunicação bem estruturada para que o processo seja visto como profissional e bem conduzido. Cuidado com processos conduzidos sem apoio externo pela questão dos vieses dos avaliadores. Caso não consiga contratar ajuda externa, tente escolher avaliadores isentos para cada pessoa e cadeira.

 

Conclusão

A sucessão como estratégia de liderança é essencial para o sucesso a longo prazo de qualquer organização. Ela não deve ser vista como um processo reativo, mas como uma abordagem proativa e contínua para garantir a continuidade, estabilidade e crescimento. Ao investir tempo e recursos na identificação e desenvolvimento de sucessores em potencial, os líderes podem assegurar que suas organizações continuem a prosperar, preservando seus valores e alcançando seus objetivos estratégicos. A sucessão bem conduzida é o resultado da liderança eficaz e do compromisso com a sustentabilidade organizacional.

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